segunda-feira, 15 de junho de 2009

Gravidez Precoce Reduz No Ceará


A gravidez não planejada preocupa as autoridades sanitárias e vem reduzindo no Estado graças à expansão do Projeto Amor à Vida.
A gravidez na adolescência está diminuindo no Ceará. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), em 2002, de cada mil jovens com faixa etária de 10 a 19 anos, 40,2 engravidaram. No ano passado, esse número caiu para 37,3 adolescentes, representando uma redução de 7,2%. O público mais vulnerável à gravidez não planejada são garotas de 10 a 14 anos de idade.No ano passado, 32.725 partos e abortos foram realizados em pessoas com faixa etária de 10 a 19 anos de idade. Em 2002, nesse mesmo público foram feitos 35.210 procedimentos médicos dessa natureza. Essa redução, conforme Francisca Leonete Borges de Almeida, supervisora do Núcleo de Normatização de Atenção à Saúde do Adolescente da Sesa, foi conseguida através da implantação e expansão do Projeto “Amor à Vida”.
HOJE A GRAVIDEZ PRECOSE JÁ DIMINUIU BASTANTE GRAÇAS AOS PROJETOS QUE GOVERNO ESTA FAZENDO..

quarta-feira, 10 de junho de 2009

DOENÇA DE FABRY

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Doença de Fabry

As doenças metabólicas resultam de erros inatos do metabolismo e são estudadas por uma área específica da genética, a bioquímica genética. Estas resultam da falta de actividade de uma ou mais enzimas específicas ou de algum defeito no transporte de proteínas.


A Doença de Fabry é uma das muitas doenças metabólicas, que se caracteriza como sendo uma doença hereditária, provocada por uma anomalia genética. Esta afecta cerca de uma em cada 40.000 pessoas.

Os primeiros pacientes com esta doença foram descritos em 1898 pelos dermatologistas alemão Johannes Fabry e inglês William Anderson, de forma independente.

Alguns serviços clínicos têm verificado que esta doença tem sido diagnosticada com mais frequência na população, o que a inicio pode parecer negativo revela contudo um lado positivo: havendo uma maior prevalência da doença pode ser possível tratar-se de uma doença subdiagnosticada.Por se tratar de um distúrbio raro tem-se pouco conhecimento sobre as manifestações e evolução clínica. Os casos não diagnosticados, ou tardiamente diagnosticados, acarretam uma condução clínica errada com uma evolução que pode ser mesmo fatal.




Origem da Doença


O nosso corpo é constituído por milhões de células que se multiplicam, vivem e morrem, sendo destruídas e os componentes reutilizados pelo organismo. É nesta reciclagem que se encontra o problema que causa os sintomas da Doença de Fabry.

Quando uma célula é destruída, os seus componentes são fagocitados por outras células, os macrófagos, nos quais o material da célula morte permanece dentro de lisossomas, onde se encontram enzimas capazes de digerir os restos celulares, transformando substâncias grandes em mais pequenas, que podem ser reutilizadas. Estas enzimas são produzidas na própria célula e, se uma pessoa sofreu uma alteração genética, diz-se que ocorreu uma mutação, ficando a enzima alterada.

Esta doença é causada por um gene deficiente do organismo e, por causa desse erro uma enzima essencial é produzida em quantidades insuficientes ou possui uma estrutura que não funciona adequadamente. Sem esta enzima, determinadas substancias que deviam ser removidas do organismo permanecem nas células, dando-se uma acumulação de material, designado GL-3, sendo esta acumulação progressiva que causa a maioria dos problemas que aparecem aos pacientes.

A Doença de Fabry estabelece-se porque o corpo do paciente não é capaz de produzir uma enzima, denominada alfa-galactosidase (ou alfa-GAL), em quantidade ou estrutura adequada para realizar a sua função.




Contracção da Doença


A Doença de Fabry é uma alteração hereditária. É uma herança recessiva ligada ao cromossoma X, isto é, o gene deficiente encontra-se no cromossoma X.

Cada indivíduo herda um cromossoma X da nossa mãe e um cromossoma X ou Y do nosso pai, sendo que, se o indivíduo herdar o cromossoma X do pai pertence ao sexo feminino (XX) e se herdar o cromossoma Y pertence ao masculino (XY). Dado que o gene deficiente se encontra localizado no cromossoma X, tanto homens como mulheres podem possuir esse gene. Assim, como os homens só têm um gene deficiente irão transmitir o gene às filhas, mas não aos filhos, e as mulheres, dado que possuem um gene normal e um deficiente têm, em cada gravidez, 50% de probabilidade de transmitir esse gene, quer aos filhos quer às filhas.

Com a ajuda de um geneticista pode-se realizar um mapeamento do padrão de hereditariedade da família, através de um heredograma (árvore genealógica).

Esta doença pode afectar qualquer pessoa que herde o gene deficiente, ou seja, indivíduos do sexo masculino ou feminino, de qualquer etnia, filho de pai doente ou de mãe portadora do gene deficiente.A maneira como a doença se manifesta varia um pouco consoante o sexo do indivíduo; as mulheres que possuem um gene normal e um gene deficiente podem apresentar qualquer nível de actividade da enzima logo, podem não ter sintomas, ou então ter sintomas leves ou graves; os homens têm sempre uma actividade baixa, pelo que apresentam mais sintomas que as mulheres.




Sintomas


As manifestações clínicas começam, geralmente, na infância – entre os 6 e 9 anos de idade – mas dá-se um agravamento dos sintomas ao longo da vida do paciente. Em geral, as primeiras manifestações são dores incómodas nas mãos e nos pés e uma disfunção renal.

Os médicos conseguem tratar alguns dos sintomas, mas estes tratamentos não são dirigidos para a principal causa da doença, que é a falta da enzima e o depósito de GL-3 que resulta disso.Os sintomas da Doença de Fabry são acroparestesia (dor ardente que afecta as mãos e os pés, acompanhada de formigueiro), angioceratoma, disfunção renal, diminuição da capacidade de transpirar, erupção cutânea ou alteração da pele, alteração ocular, prolapso da válvula mitral, problemas gastrointestinais, prejuízo ou dano de órgãos e sistemas importantes, problemas renais, cardíacos, do sistema cerebrovascular e do sistema nervoso central, para além de factores emocionais como depressões, alienações e negação dos próprios sintomas.




Prevenção e Tratamentos

A Doença de Fabry ainda é incurável, contudo os investigadores estão a estudar um tratamento em que a enzima deficiente seja substituída por meio de transfusão, tratando-se assim de uma terapia de reposição enzimática.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Afectam um pequeno número de pessoas. Mas a falta de conhecimentos científicos e médicos traz consigo um elevado sofrimento.



As doenças raras – também designadas como doenças órfãs – são aquelas que afectam um pequeno número de pessoas, por comparação com a população em geral. Ocorrem com pouca frequência ou raramente. Existem ainda variantes raras de doenças frequentes. Na Europa, uma doença é considerada rara quando afecta uma em duas mil pessoas.

A definição de doença rara é, portanto, conjuntural, na medida em que depende do período de tempo e do espaço geográfico que estão a ser considerados. Por exemplo, a sida já foi considerada uma doença rara, mas, hoje em dia, está em expansão. A lepra, por seu turno, é rara em França, mas frequente na África central.

Quantas doenças raras existem?

São conhecidas cerca de sete mil doenças raras, mas estima-se que existam mais e que afectem entre seis a oito por cento da população – entre 24 e 36 milhões de pessoas – na União Europeia. Esse número está em crescimento, uma vez que são reportadas, na literatura média, cinco novas doenças por semana.

Como surgem as doenças raras?

A maioria das doenças raras – 80 por cento – tem subjacente uma alteração genética. Existem ainda doenças raras de origem infecciosa (bacteriana ou viral), alérgica e profissional. Existem também doenças raras causadas por envenenamento.

Quais são as características mais frequentes das doenças raras?

  • São doenças crónicas, graves e degenerativas e colocam, muitas vezes, a vida em risco;
  • Manifestam-se na idade adulta;
  • Apresentam uma grande diversidade de distúrbios e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de doente para doente;
  • Têm associado um défice de conhecimentos médicos e científicos;
  • São muitas vezes incapacitantes, comprometendo a qualidade de vida;
  • Muitas não têm tratamento específico, sendo que os cuidados incidem, sobretudo, na melhoria da qualidade e esperança de vida;
  • Implicam elevado sofrimento para o doente e para a sua família.

Que problemas enfrentam os doentes?

A natureza das doenças raras – falta de conhecimentos científicos e médicos – cria problemas específicos:

  • Dificuldades de diagnóstico – muitas vezes é feito tardiamente;
  • Escassez de informação;
  • Dificuldades na orientação para profissionais de saúde qualificados;
  • Problemas no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade – pois a comunidade médica sabe relativamente pouco sobre estas doenças; há pouca investigação e o desenvolvimento de medicamentos para um número limitado de doentes é travado pelos imperativos comerciais;
  • Dificuldades de inserção profissional e cidadania;
  • Frequente associação com deficiências sensoriais, motoras, mentais e, por vezes, alterações físicas;
  • Vulnerabilidade a nível psicológico, social, económico e cultural;
  • Inexistência de legislação.

O que são medicamentos órfãos?

São medicamentos desenvolvidos para tratar doenças raras, ao abrigo de legislação promotora de apoios à investigação e à exclusividade de mercado.

Como posso obter informação sobre uma doença rara?

Consulte a Orphanet. É uma base de dados de doenças raras, de acesso livre e gratuito. Contém informação sobre mais de 3.600 doenças.